No passado dia 5 de Janeiro de 2023, o surfista brasileiro Márcio Freire faleceu após surfar uma onda grande na Nazaré.

É com tristeza que escrevemos este texto, e enviamos sentimentos à família e amigos, e comunidade do surf em geral. O vídeo seguinte mostra a última onda do surfista, onde aconteceu o acidente.

Apesar de neste dia as ondas não estarem muito grandes, no final do dia o mar aumentou de tamanho, e dá para ver que a onda tinha um tamanho grande e força. O surfista foi levado pela onda e parece que ficou de baixo de água alguns minutos, pode ter perdido a consciência, não se sabe bem. Passado alguns minutos finalmente apareceu já a flutuar e foi resgatado por outros surfistas/colegas em jetski, foi levado para a areia onde tentaram reanimar com apoio de nadadores salvadores, infelizmente sem sucesso.
Nos dias seguintes a moral ficou muito em baixo na Nazaré, com muitos surfistas a não irem ao mar, apesar de haver ondas muito boas.

Muitos surfistas mostraram a sua solidariedade com o surfista brasileiro nas redes sociais.

O surf de ondas grandes é um desporto com grande risco, e era sabido que isto um dia podia acontecer na Nazaré, aliás, vários surfistas estiveram perto de perder a vida ao longo destes 10 últimos anos de exploração das ondas gigantes. Maya Gabeira e Alex Botelho, em temporadas anteriores estiveram inconscientes na água durante uns minutos, mas felizmente sobreviveram e recuperaram após algum tempo no hospital. Também houve relatos de Pedro Scoby, António Silva, entre outros, em que falam que estiveram em situações muito delicadas após quedas a surfar e a levar com ondas gigantes consecutivas na cabeça, com muito tempo sem conseguir respirar. Em alguns artigos passados e no menu de vídeos, pode ver alguns exemplos destas situações perigosas, que felizmente não tinham feito vitimas, até agora.

Os surfistas que arriscam surfar estas ondas têm de ter uma preparação e equipamento à altura, e no caso do Márcio Freire, é sabido que era um surfista muito experiente (em particular nas ondas grandes), após com muita exploração no Hawai / Jaws.

Os desportos radicais são assim, como por exemplo no Rally Dakar, é comum morrer um piloto em muitas edições, infelizmente, mas o desporto e o desafio continua, é o espírito Humano.

Esperamos que não volte a acontecer, e que seja feita ainda mais aposta na segurança, saúde/preparação e equipamentos, de forma a minimizar os riscos no futuro.